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Nota em solidariedade ao companheiro Mauro Iasi

Para os que recitam Brecht: “Não se encoleriza; ridiculariza; não se indigna, propões reflexões; não pede sentimentos pede mudanças”.

O Anticomunismo é a base ideológica que vem ressuscitando o fantasma fascista no Brasil.
A onda conservadora que cresce no Brasil é um fenômeno dantesco, que toma proporções nas redes sociais e está diretamente presente no enfraquecimento da democracia institucional burguesa.

Os grupos conservadores de características fascistas tupiniquins vêm se destacando no cenário político brasileiro após as manifestações de junho e julho de 2013.

O que se apurou foram agressões a pessoas que portavam bandeiras vermelhas como do PCB, do PSTU e de outros movimentos, MST e CUT, que estão sendo alvo de xingamentos e agressões pela extrema-direita.

Depois vimos essa onda conservadora se manifestando nas eleições de 2014, com a votação do Congresso Nacional mais conservador dos últimos tempos.

É o show de ataques que atingem lideranças da Teologia da Libertação, de movimentos sociais e sindicais, sendo que agora a bola da vez é o líder do PCB Mauro Iasi, após seu discurso radicalizado no Congresso do CSP- Conlutas, em que ele se utiliza da poesia de Bertold Brecht para conflagrar os trabalhadores a responderem à violência dos capitalistas com a luta revolucionária.

O que se questiona é que hoje vivemos em um contexto político em que é urgente unir todos os setores progressistas e democráticos contra a direita e, nessa luta, acertar as contas com a estratégia petista de prioridade da luta institucional, que nos levou ao beco sem saída em que estamos agora.

O que não podemos negar é que a figura de linguagem utilizada por Mauro Iasi, no congresso da CSP-Conlutas, inflamou os grupos fascistas de plantão.

No entanto, estamos vivendo a fabricação do “anticomunismo” brasileiro, que está sendo ressuscitado por parte da mídia golpista e de seus novos personagens como o cantor Fábio Júnior, o ator Alexandre Frota, os cantores Lobão e Roger, além de outros que fazem um papel virtual de combate aos comunistas (CCC), que, na verdade, alicerçam os interesses das classes dominantes e do imperialismo, formados nas cartilhas de Olavo de Carvalho.

O que se pode concluir é que o anticomunismo está sendo usado como base ideológica comum entre os grupos fascistas da sociedade brasileira.

Fica claro que esse movimento tenta se organizar a partir de uma provável candidatura do deputado Jair Bolsonaro, que de forma oportunista acirra a luta de classes, deturpando a realidade política e econômica atual.

Vivemos uma crise política pulsante, e esse movimento liderado por Jair Bolsonaro faz um discurso fascista que vem tomando as redes sociais e a mídia golpista. Por isso não podemos subestimá-lo, pois visa confundir a luta da classe trabalhadora e, por sua grande aceitação popular, pode vir a minar a luta socialista e comunista.

Nesse sentido, nós da Frente Resistência somos contrários a qualquer ataque que é feito contra os movimentos sociais, sindicatos e pessoas que se dedicam a causas humanitárias, ao socialismo e, em especial neste momento, também contrários ao ataque oportunista feito a Mauro Iasi nas redes sociais.

O que é espantoso é saber que a extrema-direita nacional está monitorando os trabalhadores nas suas assembleias e sindicatos e construindo a imagem de Jair Bolsonaro para a próxima eleição presidencial em 2018.

Nesse sentido é importante refletir a belíssima poesia de Brecht que nos atenta a essa realidade. “A injustiça avança hoje a passo firme. Os tiranos fazem planos para dez mil anos”

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