No domingo, dia 29 de novembro, na Avenida Paulista, em São Paulo, ocorreu uma manifestação do povo paulistano em solidariedade à luta pela libertação do povo Palestino, mesmo embaixo de um dilúvio, os manifestantes não arredaram pé.
Já ontem, dia 30, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, no Auditório Paulo Kobayashi, aconteceu um Ato de solidariedade à luta pela libertação da Palestina, de iniciativa do Deputado Luiz Turco, com apoio da liderança do Partido dos Trabalhadores na Casa.
O Ato durou mais de 3 horas, o que motivou, ao embaixador da Autoridade Nacional Palestina no Brasil, comentar que somente na Praça da Revolução, na cidade de Havana, em Cuba, tinha ouvido um ato demorar mais tempo. Segundo o embaixador, em Havana, um dos oradores tinha sido Fidel Castro...
No Ato na Assembleia Legislativa estiveram presentes representantes de diversas entidades e partidos políticos, como o Partido da Pátria Livre, Unidade Popular pelo Socialismo, o PSTU, e o Movimento pró-formação da Tendência Marxista-Leninista do PT.
Foram formadas duas mesas, com os representantes da entidades presentes, sendo que 16 pessoas se pronunciaram, inclusive o embaixador da Autoridade Nacional Palestina.
As diversas entidades presentes asseguraram que o conflito na Palestina não é religioso, mas um conflito colonialista e imperialista.
Os oradores denunciaram que em Israel existem em torno de 7.000 presos políticos, a maioria sem culpa formada (sem acusação nenhuma) há vários anos, inclusive crianças, sendo que muitos prisioneiros já cumpriram de 25 a 30 anos prisão, como em Guatánamo, com torturas diárias.
Os presentes denunciaram que o Brasil é o 4º importador de armamentos de Israel; que este vende os “caveirões” e todo armamento para as polícias militares dos estados, as quais são treinadas por Israel, principalmente o Estado de São Paulo e o do Rio de Janeiro, onde são usados para o genocídio do povo pobre e negro das periferias das cidades brasileiras, armamento esse testado contra o povo palestino diariamente, no “laboratório” que se tornou seu território, como disse uma das mulheres palestinas da mesa. Além disso, o governo federal comprou mísseis de Israel.
Em vista disso, os presentes defenderam o boicote total não só à compra de armamentos, como também a todos os produtos produzidos por Israel, sendo que estava presente uma entidade que se dedica a propagandear esse tipo de boicote. O representante dessa entidade disse que ela vem obtendo grande sucessos, como no Rio Grande do Sul, onde o governador foi forçado a romper um contrato com Israel.
Um dos oradores finais foi um brasileiro judeu-palestino que defendeu a libertação da Palestina e a destruição do enclave sionista, pois seus quatro avós judeus viviam na Palestina, mas imigraram para o Brasil por não concordar com os terroristas sionistas.
A Palestina mais recentemente, em termos históricos, teve domínio árabe, passando pelo domínio do Império Otomano e posteriormente pelo Império britânico, que cedeu seu domínio com a ascensão do imperialismo norte-americano.
Em 1947, no dia 29 de novembro, a Organização das Nações Unidas (ONU), numa Assembleia presidida tristemente por um brasileiro, Oswaldo Aranha, “dividiu” a Palestina em dois Estados, entregando-a aos interesses dos Estados Unidos, que construiu um enclave denominado Israel, sustentado artificialmente por 3 bilhões de dólares anuais, que saem do bolso do contribuinte, da classe operária e trabalhadora norte-americana.
Essa decisão da ONU permitiu a ocupação da palestina pelos sionistas e a expulsão de 800 mil palestinos. Hoje, existem mais de 5 milhões de palestinos refugiados e espalhados pelo mundo, os quais para voltarem aos seus lares necessitam que seja destruído o enclave sinonista e terrorista de Israel.
Em 1967, na Guerra dos Seis Dias, Israel se apossou da Faixa de Gaza e da Cisjordânia do Egito e Jordânia, respectivamente, ocupando também a Península do Sinai, no Egito, e as Colinas de Golã, na Síria.
O Ato foi uma importante frente única, ou seja, golpeamos juntos, mas caminhamos separados uma vez que a Tendência Marxista-Leninista possui divergências com a Autoridade Nacional Palestina, em razão de seu nacionalismo burguês árabe, o qual capitula à política dos dois estados na Palestina, conforme impõe a ONU, que, como disse Lênin da sua antecessora, a Sociedade das Nações, não passa de um covil de bandidos. Assim, o nacionalismo burguês árabe é incapaz de levar uma luta consequente pela destruição do enclave sionista e terrorista de Israel.
O Tendência Marxista-Leninista defende a formação de um partido operário marxista e revolucionário na Palestina, seção da Internacional Operária e Comunista, bem como a estratégia da revolução permanente, objetivando a instauração de um governo operário e camponês, com a destruição do enclave terrorista e sionista de Israel e a emancipação da Palestina, transformando-a num Estado Socialista e laico para os povos árabes, judeus e cristãos.
Erwin Wolf
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