A burguesia pró-imperialista, apoiada no judiciário e na polícia federal, segue sua escalada golpista, perseguindo Lula e seus familiares, na tentativa de prendê-lo como condição para a consumação do golpe, via “empeachment” ou até mesmo por meio de um golpe militar, já que no ano passado os militares justificaram sua entrada em cena, falando em caos.
Infelizmente, a direção do Partido dos Trabalhadores, a CNB (Construindo um Novo Brasil), com sua política de colaboração de classes, segue capitulando gradualmente, depois de ter deixado o ministro Joaquim Levy, representante dos banqueiros, do segundo maior banco privado do país, o Bradesco, solapar a economia durante um ano, atacando diretamente aos trabalhadores, com a política do ajuste fiscal, aplainando o caminho para o golpe.
O ex-ministro já ganhou um cargo de diretor do Banco Mundial, levando todos os dados sigilosos da nossa economia para o capital financeiro internacional, liderado pelo falcão Obama dos Estados Unidos, sem nenhuma quarentena (período de afastamento necessário de atividades particulares, que um ex-funcionário de um governo deve observar, para não traficar dados e elementos sigilosos)!
Agora o ex-ministro foi substituído pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, pretenso “desenvolvimentista”, o qual apresenta como moeda de troca com a burguesia e o imperialismo, a “Reforma da Previdência”, um dos pilares do ajuste fiscal da política golpista, com a ilusão de que conseguirá a aprovação da CPMF, do imposto do cheque, para obter recursos para continuar governando, com a expectativa de fazer a travessia até 2018, ou seja, uma visão meramente eleitoreira.
Assim, a direção do PT ao invés de enfrentar a burguesia e o imperialismo, semeia ilusões legalistas e constitucionalistas, depositando esperança num Congresso e num Judiciário golpistas, acreditando no jogo parlamentar, mas concretamente jogando areia nos olhos da classe trabalhadora, enquanto vai capitulando gradualmente, aplainando o caminho para o golpe, sem perceber que a política de colaboração de classes está esgotada e fadada ao fracasso, em razão da crise internacional ter chegado ao Brasil de forma retardatária em 2015, sendo certo que a burguesia aproveitará a “Reforma da Previdência” para tentar consumar o ataque aos trabalhadores, acabando com as aposentadorias, as pensões, o seguro-desemprego, os programas sociais, e recolonizando o país com a terceirização/precarização, ou seja, restaurando a escravidão dos trabalhadores.
O que a burguesia e o imperialismo americano estão preparando é uma verdadeira guerra civil contra a população trabalhadora e oprimida do país, sendo Cunha, o juiz Moro e o PSDB os instrumentos dessa política.
Por outro lado, a política de Dilma e da direção do PT é desesperada.
Todavia, embora a situação seja dramática, ela não é perdida e nem sem saída para classe operária e a maioria nacional oprimida, pois urge que a classe trabalhadora volte às ruas como no dia 16 de dezembro, consolidando a frente única anti-golpista do PT, PCdoB, PCO, CUT, CTB, e os movimentos populares e sociais, como MST, MTST e UNE, fazendo uma chamamento especial às direções e aos militantes do PSOL, PSTU, PCB, PPL, MRT/LER-QI, LBI, POR e do MNN, da CSP-Conlutas, Força Sindical, CGTB, para que se somem à luta contra o golpe, ampliando os comitês de luta contra o golpe e formando comitês de auto-defesa a partir dos sindicatos.
Nessa luta, estamos levantando bem alto as reivindicações transitórias da classe operária de barrar a terceirização e as MPs 664 e 665 (que reduzem pensões, aposentadorias, e o seguro-desemprego, etc.), escala móvel de salários (reajuste automático de salários de acordo com a inflação); redução da jornada de trabalho, sem redução de salários; fim das demissões, estabilidade no emprego; não aos cortes dos programas sociais, e fim do congelamento dos vencimentos dos funcionários públicos, e em defesa da Petrobras e da expropriação da Samarco (Vale + BHP Billiton).
Toda essa luta, pode ser resumida, neste momento, nas palavras de ordem de:
Fora Cunha!
Abaixo o ajuste fiscal!
Ignácio Reis
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