Trabalhadores
bolivianos são escravizados em São Paulo, conforme reportagem do jornalista
Agostinho Teixeira, da Rádio Bandeirantes, que foi ao ar hoje, segunda-feira,
dia 1º de fevereiro, no programa “Manhã Bandeirantes”, antes do meio-dia.
A reportagem mostrou
uma entrevista com um “coiote” (traficante de seres humanos) boliviano, que
disse que fornece, agencia, trabalhadores bolivianos para trabalhar nas “oficinas”
de costura em São Paulo, cobrando R$ 150,00 reais por trabalhador ao patrão
brasileiro (logicamente o coiote não sabia que estava falando com um jornalista).
O entrevistado falou
mesmo que o agenciamento era para trabalho escravo. Além de cobrar do patrão,
ele cobra também do trabalhador boliviano, o qual além de ser escravizado,
ainda fica “devendo”.
O entrevistado falou,
também, que há conivência das autoridades bolivianas e brasileiras, sendo que
ele falsifica o carimbo da autoridade brasileira para as pessoas cruzarem a
fronteira.
Muitos pensam que o
trabalho escravo acontece apenas nas localidades mais longínquas, mas afastadas
do Brasil, como no Sertão do Nordeste, no Mato-grosso e em Goías, todavia vemos
que o nosso capitalismo não poupa nem a principal cidade do país, São Paulo.
É um importante um ação
conjunta da CUT, da CTB, da CSP-Conlutas, e das demais centrais operárias
brasileiras, juntamente com a Central Operária Boliviana, a COB, para
combatermos o trabalho escravo, na Bolívia e no Brasil, sendo certo que a
erradicação do mesmo só conseguiremos com a derrubada do capitalismo, porque
como nos ensinou o líder negro norte-americano, Malcoln X não há capitalismo
sem racismo, como também não há capitalismo sem trabalho escravo.
O trabalho escravo no
Brasil é crime capitulado no art. 149 do Código Penal.
Assim, é necessária a
prisão desses patrões escravocratas, bem como o perdimento dos bens, ou seja, a
expropriação de suas “oficinas” e suas “fábricas”.
- Fim do trabalho
escravo dos bolivianos em São Paulo!
- Liberdade aos trabalhadores
bolivianos!
- Prisão dos patrões
escravocratas!
- Expropriação das “oficinas”
e das “fábricas”!
Ignácio Reis
Comentários
Postar um comentário