Pular para o conteúdo principal

Não ao “Acordão Nacional”: é capitulação aos golpistas

A imprensa noticiou que, na terça-feira, dia 14, a presidenta Dilma participou de encontro com representantes de movimentos sociais e senadores, como Roberto Requião do PMDB do Paraná, Lídice da Mata do PSB da Bahia, Jorge Viana do PT do Acre e Armando Monteiro Neto do PTB de Pernambuco, e que ela teria o esboço de uma “Carta ao Senado”, assumindo uma série de compromissos, caso haja suspensão da farsa do “impeachment”, como a realização de um plebiscito para que a população decida sobre a convocação ou não de eleições.

Essa proposta na verdade é uma capitulação aos golpistas, seguindo a estratégia da conciliação e da colaboração de classes do próprio PT, embora ela tenha sido na verdade proposta pelo Senador Roberto Requião do Paraná, que é do PMDB golpista.

Como a TML insiste, a saída para o movimento operário e popular é apostar na ação direta das massas para derrotar e esmagar o golpe. 

Essa é a única alternativa que vai garantir os direitos trabalhistas e previdenciários, garantir o SUS, garantir os bancos estatais como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e a Petrobrás, etc. etc.

A mobilização do dia 10 de junho foi significativa no sentido de marcar a retomada das lutas de forma organizada e centralizada, pois após a destituição da presidenta Dilma, passaram a ocorrer enorme quantidade de manifestações, protestos, passeatas, ocupações, fechamento de ruas, avenidas e estradas, enfim,  conflitos generalizados, mas de forma espontânea.

A ditadura Temer/Cunha está afundando em razão da resistência, pois já perdeu 3 ministros em apenas duas semanas, vivendo uma grande crise, que, com certeza, fará com que ela se afunde completamente em breve.

Assim, foi fundamental esse passo de retomada das lutas de forma centralizada e organizada para por abaixo o governo e esmagar aos golpistas, sendo certo que essa luta deve seguir a todo vapor. Este é o caminho!

Está claro que o movimento operário e popular vai entrar em conflito com o governo golpista que, para salvar o capitalismo, buscar retirar todos os direitos trabalhistas e previdenciários dos trabalhadores e se apoderar do patrimônio nacional, como os bancos e as empresas estatais, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Petrobrás (esta para entregá-la à Chevron e à Shell).

As mobilizações do dia 10 de junho foram importantes porque marcam a reorientação do movimento e a retomada das ruas para esmagar o golpe e os golpistas, no sentido de priorizar a ação direta das massas, sem ilusão do parlamento fantoche e nas demais instituições golpistas do Estado burguês, como o Poder Judiciário, o Supremo Tribunal Federal, o Ministério Público Federal, a Polícia Federal (a polícia política do golpe), o Tribunal de Contas da União, e as Forças Armadas. Como sempre assinala a Tendência Marxista-Leninista, a maioria dessas instituições golpistas são compostas por membros que não se submetem ou submeteram ao sufrágio universal, ao voto, ou seja, ao controle do povo.

Da mesma forma que o Supremo Tribunal Federal golpista “removeu”  Eduardo Cunha (continua recebendo e atuando da mesma maneira que antes, só não comparece nas dependências da Câmara dos Deputados), para maquiar o golpe e depor a presidenta Dilma, agora para consolidar o golpe e deflagrar a guerra civil anunciada contra a classe trabalhadora, agora o Ministério Público Federal e o STF enviaram o processo de Lula para o juiz Sérgio Moro, suspeito de ser agente da CIA, visando a decretação da prisão do líder operário.

O enfrentamento do movimento operário e a burguesia entreguista e o imperialismo norte-americano, com certeza, provocará uma situação revolucionária, porque os “de baixo” não querem e os “de cima” não podem continuar vivendo à moda antiga.

A classe trabalhadora não pode ter ilusão na votação no Senado, não pode ter ilusão parlamentarista, não pode ter ilusão legalista ou constitucional. O golpe somente poderá ser derrotado a partir das ruas, sendo necessário o esmagamento dos golpistas.

Para tanto, é fundamental que seja reparada e organizada uma greve geral, com eleição de comandos de greves, nas fábricas, nas empresas, nos bancos, nas repartições públicas, nos campos, nas escolas e nas universidades. Além disso, devem ser ampliados os comitês de lutas contra o golpes, bem como devem ser formados comitês de autodefesa e milícias operárias e populares, a partir dos sindicatos.

- Não ao "Acordão Nacional"!

- Ampliar os comitês antigolpistas!

- Formar os comitês de autodefesa a partir dos sindicatos: milícias operárias e populares!

- Liberdade para os presos políticos! Liberdade para Zé Dirceu e João Vaccari!

- Pelas liberdades democráticas!

- Abaixo a repressão!

- Dissolução da polícia militar e da polícia federal (a polícia política do golpe)!

- Eleição dos juízes!

- Abaixo o golpe da burguesia entreguista e do imperialismo norte-americano!

- Derrubar todas as instituições golpistas!

- O povo na rua derruba a ditadura Temer/Cunha!

- Esmagar os golpistas!

- Fora Temer e todos os golpistas!

Tendência Marxista-Leninista, por um partido operário marxista revolucionário

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Brasil, os imperialismos e a guerra na Ucrânia

O presente texto é uma resposta à contribuição do simpatizante de nossa tendência, Leonardo Silva, para a I Conferência da Tendência Marxista-Leninista. Abordaremos alguns aspectos da conjuntura nacional e da internacional, sobretudo os relativos ao governo Lula e guerra na Ucrânia. Leia mais: Contribuição do camarada Leonardo Silva I Conferência da Tendência Marxista-Leninista Estado repressor é inimigo da classe trabalhadora Perspectivas da classe trabalhadora no governo Lula-Alckmin Revolução Russa completa 105 anos O governo Lula Como havíamos previsto desde as eleições, o governo Lula é um governo democratizante de conciliação e colaboração de classes, apoiado por uma frente ampla burguesa, ou seja, uma frente popular, uma frente populista. Além disso, previmos que a política econômica do governo Lula daria continuidade à política econômica de Paulo Guedes, ou seja, à política de Bolsonaro. Como prova disse, basta ver o salário-mínimo de fome anunciado pelo governo Lula: R$ 1.320,

II Encontro Internacional Leon Trótski

Transcrevemos abaixo a Comunicação “Os imperialismos”, aprovada e apresentada pelo camarada João Batista Aragão Neto, membro de nossa tendência, no Simpósio Temático 4 – Posições sobre a guerra na Ucrânia e o imperialismo hoje, do II Encontro Leon Trótski, realizado em São Paulo, no Brasil,  na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) e na Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), de 21 a 25 de agosto de 2023, dando continuidade ao I Encontro, realizado em Havana, Cuba, em 2019, em comemoração aos 100 anos da Internacional Comunista, onde também o camarada esteve presente. Leia mais: I Conferência da Tendência Marxista-Leninista Estado repressor é inimigo da classe trabalhadora Perspectivas da classe trabalhadora no governo Lula-Alckmin Revolução Russa completa 105 anos Reformismo eleitoreiro só leva à derrota O III Encontro está previsto para o ano que vem na Argentina. Fornecemos, mediante contribuição solidária, o Livro com as comunicações do I Encontro, em Cuba, em 201

Todo apoio à luta pela libertação da Palestina!

O grupo Hamas da Palestina, no dia 7 de outubro, lançou um ataque ao enclave sionista e terrorista de Israel. O ataque matou 250 israelenses, sendo que Israel revidou matando 232 palestinos. Agora as notícias dão conta de que no conflito já morreram aproximadamente 1.100 pessoas dos dois lados. Leia mais: II Encontro Internacional Leon Trótski O Brasil, os imperialismos e a guerra na Ucrânia Estado repressor é inimigo da classe trabalhadora Ministério da Frente Ampla e a anulação do programa do governo Lula Perspectivas da classe trabalhadora no governo Lula-Alckmin Israel é uma enclave sionista e terrorista criado, em 1947, pela ONU (Organização das Nações Unidas), um covil de bandidos como Lênin disse de sua antecessora, a Sociedade das Nações. Ou seja, os Estados Unidos, a Inglaterra, a França, a Alemanha, os países imperialistas é que criaram artificialmente Israel, para servir de ponta de lança e polícia política no Oriente Médio.  O enclave terrorista e sionista deve ser desmante