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Morre Elke Maravilha, uma artista que enfrentou a ditadura

Morreu nesta madrugada no Rio de Janeiro, a artista Elke Maravilha, aos 71 anos. Estava internada a havia um mês, em razão de uma cirurgia de úlcera, que se complicou provavelmente pelo fato da artista sofrer de diabetes. 

Elke nasceu na Rússia, em Leningrado, hoje São Petersburgo, em 1945, filha de pai russo e mãe alemã, vindo para o Brasil ainda criança, onde, inicialmente em Minas Gerais e depois, em Porto Alegre, Rio Grande Sul, estudou cadeiras de Filosofia, Medicina e Letras, e ingressou no mundo artístico, realizando diversos trabalhos, no cinema, na televisão e no teatro, tanto como atriz como cantora.

A Tendência Marxista-Leninista presta sua homenagem à Elke sobretudo por ter enfrentado a ditadura militar, quando, em 1971, no Aeroporto Santos Dumont, rasgou cartazes com dos militares com a foto de Stuart Angel Jones, filho de sua amiga Zuzu Angel, que ela sabia que havia sido torturado e assassinado na Base Aérea do Galeão. Na oportunidade Elke disse: “covardes, como ousam, vocês já o assassinaram.” Em razão disso foi presa, passando seis dias na prisão, sendo libertada devido a interferências de algumas pessoas do mundo artístico.

A mãe de Stuart, Zuzu, também foi assassinada torturada e assassinada pela ditadura que forjou um suposto acidente automobilístico.

A atriz com a prisão tornou-se apátrida, sendo que posteriormente requereu e obteve a cidadania alemã, única que possuía ao morrer.

O exemplo de Elke deve ser sempre lembrado, ainda mais neste momento em que o Brasil está com um golpe em marcha, encaminhando-se para um governo bonapartista, de força, rumo a um ditadura, como a que a artista corajosamente enfrentou.

Tendência Marxista-Leninista, por um partido operário marxista revolucionário

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